sábado, 10 de outubro de 2009

Cotidiano nosso


Olá pessoal? Já estava com saudades!!
Como bem disse a nossa Querida Alyne, estávamos num daqueles períodos pós-provas (com hífen ainda, porque pelo o novo acordo ortográfico permanecem nos prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pré, pró e inclusive no pós), ou seja, “acabadas”!! Como todos já sabem, a gama de conhecimentos que adquirimos por meio de estudos das Leis e Doutrinas, tomadas como exemplo, soma-se com as variadas possibilidades de peripécias que o ser humano inventa e acaba revertendo em uma lide, quando daí sim, o nosso papel nisso tudo aparece: “aplicar a solução”. Ou não (risos), estamos ainda na espectativa das notas...
Mas enfim, estou também me adaptando a esse novo ofício de blogueira, do qual me senti honrada e feliz com a oportunidade em forma de convite da minha grande amiga, para portanto, dialogarmos e interagir junto de vocês, leitores!
Tenho tido grandes surpresas nesse universo, diante de pessoas tão talentosas, criativas na sua forma de expressão e dos seus variados temas, que nos trazem notícias tão interessantes quanto esses meios convencionais.
Quero compartilhar uma leitura que fiz no decorrer dessa semana, a respeito de uma entrevista publicada pela revista VEJA. É sobre um livro que está sendo lançado em São Paulo chamado: De Cuba, com Carinho (Contexto). Uma obra escrita por Yoani Sánchez, que trata de uma coletânea de textos publicados por ela em seu blog Geración Y, e agora boqueado pelo governo, pois só pode ser acessado fora da ilha.
Na internet, as postagens são sobre o cotidiano do povo cubano, a ausência de liberdade e a escassez de “gêneros de primeira necessidade”, conforme escreveu a revista. É impressionante como a realidade nua e crua é dura! Ela cita, por exemplo, que o salário mensal de um cirurgião não passa de 60 R$, e que na sala de aula de seu filho há seis fotos de Fidel Castro, além de se ensinar só marxismo, o leninismo... Não se sabe do resto do mundo, tanto que a primeira vez que viu as imagens da queda do Muro de Berlim, foi dez anos depois de ela ter ocorrido...aff, pensei: Caramba!! Sinal de que a conquista da revolução por lá, está longe de acontecer!!
Diante disso tudo, cito nossa Carta Magna, a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso IX, que diz: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
Com isso quero ser mais breve dizendo que, com exemplo dessa jornalista pioneira em Cuba, devemos falar, denunciar, nos expressar, pensar em nosso país, criar, porque podemos, temos essa oportunidade e precisamos acima de tudo nos preocupar com os fatos! Chega de livros não publicados, poetas anônimos, a palavra foi feita para ser dita, não é?!
...Nas ruas de Floripa um rapaz me para quando eu não podia parar, mas parei, e foi aí que conheci um grupo de poetas chamado Epopeia, ele me disse: “leve por um preço simbólico!”, e hoje faço questão de publicar uma das minhas favoritas, escrita pelo Alecsander Mattos:
“O tempo não existe
o espaço eu quem faço
Todo caminho uma história
todo destino
eu quem traço”

Um comentário:

  1. Querida blogueira, Cuba é isso mesmo. Lindas praias, possibilidade de tomar um daiquiri no bar em que Hemingway frequentava, mas a liberdade é só para os turistas. Superbeijo e ao sucesso!

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