terça-feira, 27 de outubro de 2009

Luís Mir: " a regra é matar ou morrer "

O notíciário nacional e internacional estampou as cenas dos confrontos entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, semeando discussões sobre uma suposta guerra carioca desde a semana passada. Mas, consultado, o pesquisador Luís Mir, especialista em violência, baixa a quentura: "Essa situação é a normal do Rio. Sua média semanal de mortes é de 40 a 50 pessoas." Autor de livros sobre guerrilha e criminalidade, como A Revolução Impossível e Guerra Civil - Estado e Trauma, Mir enxerga a questão sob uma ótica perene, sem se abalar com acontecimentos recentes. Baseando-se no processo histórico, e não nas circunstâncias, ele considera que esta foi apenas uma das irrupções midiáticas da criminalidade na futura sede olímpica.
Porém, com uma diferença: "Pela primeira vez, o Estado sofreu um ataque forte, foi derrubado um helicóptero da principal força policial do Rio de Janeiro". E, por isso, o prognóstico é que a situação vai piorar. Não apenas na Cidade Maravilhosa, pois, ressalta Mir, "São Paulo é violentíssimo" também, e a criminalidade já se espalhou pelo País. Agora, "a regra é matar ou morrer."
- A tendência da guerra civil é se aprofundar porque nós não temos uma política de segurança social. Segurança pública no Brasil não é segurança social, que é educação, saúde, moradia, renda, salários dignos, enfim, dar condições para as pessoas viverem dignamente. (...) Então, precisamos de uma nova Lei Áurea, para libertar esses 120 milhões de brasileiros e torná-los cidadãos - declara Luís Mir.
No caso carioca, um detalhe particular baliza sua avalição: "Como 40% da polícia do Rio de Janeiro - tanto a militar quanto a civil - tem algum tipo de envolvimento com o tráfico de drogas, (o confronto) é um acerto de contas entre polícia e traficantes".
Além de considerar fundamental o combate à corrupção, Mir insiste em criticar a divisão entre Polícia Militar e Polícia Civil. "É uma coisa absurda, anacrônica, esquizofrênica, que tem que acabar, tem que ser feita uma polícia única, preventiva, judiciária, de segurança, usando os mesmos recursos."
Mas, para ele, o ponto fundamental encontra-se no Estado. "Enquanto a criminalidade não passa determinadas fronteiras, o Estado finge que não vê e, enquanto o Estado não ataca a crimininalidade, a criminalidade finge, digamos, que não vai atacar o que se chama sociedade."
Fonte: Terra Magazine

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Luto




Faleceu, na tarde do último sábado (17/10), aos 87 anos, da desembargadora Thereza Grisólia Tang. O sepultamento ocorreu no domingo (18/10), às 10h, no cemitério Jardim da Paz. Thereza Tang foi a primeira mulher a tornar-se juíza no Brasil, ingressando na magistratura de Santa Catarina em 1954. Nesta condição, única mulher no Judiciário estadual, manteve-se por quase 20 anos, pois a segunda juíza do Estado viria a ser nomeada apenas em 28 de maio de 1973. Ela ocupou também a presidência do TJSC em 13 de dezembro de 1989, concluindo o mandato do desembargador Nelson Konrad - aposentado por implemento de idade naquela data. A desembargadora Thereza Tang, até então vice-presidente, ocupou o mais alto cargo do Judiciário de Santa Catarina até 5 de março de 1990. Em seu sepultamento, com a presença de familiares, amigos e magistrados, coube ao desembargador aposentado João José Ramos Schaefer, ex-presidente do TJ, proferir emocionante discurso de despedida, em que enalteceu os predicados da primeira juíza do Brasil.

sábado, 10 de outubro de 2009

Cotidiano nosso


Olá pessoal? Já estava com saudades!!
Como bem disse a nossa Querida Alyne, estávamos num daqueles períodos pós-provas (com hífen ainda, porque pelo o novo acordo ortográfico permanecem nos prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pré, pró e inclusive no pós), ou seja, “acabadas”!! Como todos já sabem, a gama de conhecimentos que adquirimos por meio de estudos das Leis e Doutrinas, tomadas como exemplo, soma-se com as variadas possibilidades de peripécias que o ser humano inventa e acaba revertendo em uma lide, quando daí sim, o nosso papel nisso tudo aparece: “aplicar a solução”. Ou não (risos), estamos ainda na espectativa das notas...
Mas enfim, estou também me adaptando a esse novo ofício de blogueira, do qual me senti honrada e feliz com a oportunidade em forma de convite da minha grande amiga, para portanto, dialogarmos e interagir junto de vocês, leitores!
Tenho tido grandes surpresas nesse universo, diante de pessoas tão talentosas, criativas na sua forma de expressão e dos seus variados temas, que nos trazem notícias tão interessantes quanto esses meios convencionais.
Quero compartilhar uma leitura que fiz no decorrer dessa semana, a respeito de uma entrevista publicada pela revista VEJA. É sobre um livro que está sendo lançado em São Paulo chamado: De Cuba, com Carinho (Contexto). Uma obra escrita por Yoani Sánchez, que trata de uma coletânea de textos publicados por ela em seu blog Geración Y, e agora boqueado pelo governo, pois só pode ser acessado fora da ilha.
Na internet, as postagens são sobre o cotidiano do povo cubano, a ausência de liberdade e a escassez de “gêneros de primeira necessidade”, conforme escreveu a revista. É impressionante como a realidade nua e crua é dura! Ela cita, por exemplo, que o salário mensal de um cirurgião não passa de 60 R$, e que na sala de aula de seu filho há seis fotos de Fidel Castro, além de se ensinar só marxismo, o leninismo... Não se sabe do resto do mundo, tanto que a primeira vez que viu as imagens da queda do Muro de Berlim, foi dez anos depois de ela ter ocorrido...aff, pensei: Caramba!! Sinal de que a conquista da revolução por lá, está longe de acontecer!!
Diante disso tudo, cito nossa Carta Magna, a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso IX, que diz: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
Com isso quero ser mais breve dizendo que, com exemplo dessa jornalista pioneira em Cuba, devemos falar, denunciar, nos expressar, pensar em nosso país, criar, porque podemos, temos essa oportunidade e precisamos acima de tudo nos preocupar com os fatos! Chega de livros não publicados, poetas anônimos, a palavra foi feita para ser dita, não é?!
...Nas ruas de Floripa um rapaz me para quando eu não podia parar, mas parei, e foi aí que conheci um grupo de poetas chamado Epopeia, ele me disse: “leve por um preço simbólico!”, e hoje faço questão de publicar uma das minhas favoritas, escrita pelo Alecsander Mattos:
“O tempo não existe
o espaço eu quem faço
Todo caminho uma história
todo destino
eu quem traço”

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

eira eira eira...

Hoje é sexta feira!
Desejo um ótimo feriadão para todos!
Kisses

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

53 ANOS DEPOIS...

A Justiça do Acre julgou o processo mais antigo da Comarca de Sena Madureira, que fica a 104 quilômetros da capital do Estado. Depois de 53 anos, o juiz da Vara Civel, julgou a ação de inventário que atravessou gerações sem uma decisão judicial.
Me assusto quando tenho conhecimento desses casos.
As vezes quero pensar que isso não seja normal.
Mas essa é a verdade, da morosidade e burocracia do sistema.

Mais detalhes no blog http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Estou me acostumando com essa "IDEIA"!

Conforme o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, as paroxítonas com os ditongos abertos "ei" e "oi" perdem o acento.
Exemplo:(Antes - depois)
assembléia - assembleia
jibóia - jiboia

Particularmente, não gostei da mudança!
Temos que nos adaptar! Fazer o quê!
Alguns usam o conversor do google. ;)
Eu prefiro não usar! Afinal "é errando que se aprende".


"Estamos condenados à civilização: ou progredimos ou desaparecemos." Euclides da Cunha

Oi pessoal!
Bom... como eu e Caren estamos nos recuperando da semana passada! Semana de provas!(Ufa!) ficamos sem tempo de atualizar o nosso blog! Tenho várias ideias, logo eu vou postar, PROMETO! Essa vida de estudante/estagiária não é fácil! (que dramática! rsrsrs..). Então para não ficar sem postagem, vou colar um texto de Nizan Guanaes (Um dos fundadores da DM9,uma das agências de propaganda mais premiadas no Brasil e no mundo. Lembram da propaganda do "leitinho parmalat"? da coleção de bichinhos??(nossa!lembranças da minha infância.. rsrsrs) Então, essa propaganda é produção da DM9.
Para dar um UP! na nossa semana, nos sentirmos mais entusiasmados e acreditarmos de que vale a pena estudar, trabalhar e perder algumas noites de sono! Aí vai o texto para vocês apreciarem!
Espero que gostem!
Muitos kisses para a linda Rosângela Tremel e para a minha mana que está na África.. Alê, I Love You!

Texto escrito para uma formatura, por Nizan Guanaes:


"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos. Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência.Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde: "Eu também não, meu filho". Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia! Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria,se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar,não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios. O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos,a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso."